terça-feira, 4 de dezembro de 2012


†... Gritos Apodrecedores ...†

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Certa vez, a humanidade conheceu além da vida,
a morte de todas as coisas, coisas pelo qual acreditam-se
nunca morrer, e serem eternizadas pela própria inconsciência,
e não consciência da anormalidade porque isto vem,
daqueles que ainda se banham em inocência(crianças),
fora elas, quase ninguém mais escaparia...
Sentimento não se compra, se bebe, se urina, ou se vomita,
a opção do que se faz é natural, pela natureza efêmera,
imunda e podre de todas as coisas que eu tentaria,
descrever ou simplesmente engrandecer,
porque já basta somente, viver o sentido do sentimento,
da emoção ou da razão, é necessário se machucar,
pra se contar uma história verídica ou plágio
de outras eras de outros corpos e de outras
ínfimas almas...
Querer abraçar o tempo onde não houver emoção,
é o mesmo que tentar sorver do vinho,
sem que haja a boca...
Não entendeu né?!
Existe coisas que não se descreve,
se tatua, se ignora, machuca, apodrece,
e te faz sofrer... deu pra clarear amor?!
Agora sim né!
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Só se nos detivermos a pensar nas pequenas coisas
chegaremos a compreender as grandes.
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Distrai, meu coração, tua amargura,
Os males que te assanha a fantasia:
Provém da formosura essa agonia?
Seja o seu lenitivo a formosura;

Por mil objetos adoçar procura
O ardor, que lavra em ti de dia em dia;
Mas ó fatal poder da simpatia!
Ó moléstia d(e) amor, que não tem cura!

Astúcia exercitar que te resista,
Minha Anália, meu bem, debalde intento,
Está segura em mim tua conquista.

Como hei de minorar-te o vencimento,
Coarctar o império teu, se as mais à vista
Valem menos que tu no pensamento?
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Du Bocage é o caba... gosto deste indecente poeta não por sua
lucidez, e sim por sua loucura amena, papai Augustus seria
bem mais mal educado, com os sermões...
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Os Três Amores


I
Minh’alma é como a fronte sonhadora 
Do louco bardo, que Ferrara chora... 
Sou Tasso!... a primavera de teus risos
  De minha vida as solidões enflora...
  Longe de ti eu bebo os teus perfumes,
  Sigo na terra de teu passo os lumes... 
- Tu és Eleonora... 

II
Meu coração desmaia pensativo,
Cismando em tua rosa predileta.
Sou teu pálido amante vaporoso,
Sou teu Romeu... teu lânguido poeta!... 
Sonho-te às vezes virgem... seminua... 
Roubo-te um casto beijo à luz da lua... 
-  E tu és Julieta... 

III
Na volúpia das noites andaluzas 
O sangue ardente em minhas veias rola... 
Sou D. Juan!... Donzelas amorosas, 
Vós conheceis-me os trenos na viola!
  Sobre o leito do amor teu seio brilha
  Eu morro, se desfaço-te a mantilha
Tu és - Júlia, a Espanhola!...
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Depois de tanto esperar por nada,
eu conseguiria entender o quanto o quão,
esta vida nos guarda doces e travessuras,
mais doces podres e travessuras maliciosas,
daquelas que fazem de ti, escravos da própria consciência,
agora sim vamos falar de seres sóbrios e sã,
apesar que embebedados ou não, não fariam
a minima diferença a não ser que factores alcoólicos,
realmente chegassem a ser motivo de descontrole,
emocional ou não, já que o que pensamos,
não vem ao caso quando o mundo, gira 360º
e você ainda acha que está na terra,
no entanto não sairia desta bolha fedorenta,
que denominam de sonhos medonhos e sangrentos...
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Que foi??? Achou que ouviria a mim falando de amor,
Não compreendes quase nada???
Eu quero mais é que você tome no seu CU com areia...
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Mais poesia pra galera ficar feliz da vida,
e perceber que quase tudo nesta merda de não vida,
é perca de tempo...
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Berço e túmulo

Trago-te flores no meu canto amigo
- Pobre grinalda com prazer tecida -
E - todo amores - deposito um beijo
Na fronte pura em que desponta a vida.

É cedo ainda! - quando moça fores
E percorreres deste livro os cantos,
Talvez que eu durma solitário e mudo
- Lírio pendido a que ninguém deu prantos! -

Então, meu anjo, compassiva e meiga
Depõe-me um goivo sobre a cruz singela,
E nesse ramo que o sepulcro implora
Paga-me as rosas desta infância bela!
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Só porque entre a lâmina e a língua,
existe uma mera coincidência, nada além disto...
Mais direto que isto seria citar nomes,
mais aprendi a não dar nomes aos porcos,
porque eu tenho filhos, e estes não podem sofrer
antes de mim, só depois do fim...
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A SAUDADE É A NOSSA ALMA
DIZENDO PARA ONDE ELA QUER VOLTAR.
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†... Cadáver ...
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†... Vozes do Além ...†