quinta-feira, 8 de novembro de 2012
†... Coração ...†
†
...
Na madrugada, a razão
entra em transe, adormece e quer morrer,
enquanto quem respira
fundo é a emoção, logo quando
é necessário perder
todos nossos mais humildes sentidos,
é entretanto neste
meio termo que sabemos a a realidade
pelo qual não
gostaríamos de querer entender...
Outro dia ao
banhar-me de chuva, descobriria em tão pouco tempo,
a razão e a mais pura
emoção de que aproveitar desta vida,
o pouco que ela pode
nos oferecer, já que o resto,
lutar seria inútil,
persistir uma derrota e vencer uma meta,
e os poucos
argumentos que já não sobram pelos,
arredores da própria
língua não viriam a calhar em quaisquer
momentos de nossas
pequeninas vidas.
O mal se despedaça
como flores secas,
e o bom disto é poder
engolir o sumo que nutri, nossas vidas,
nosso bem estar e
auto-ego...
...
...
Brinde
I
Eu bebo à manhã de amores,
Manhã em que os meus sapatos
E os teus mignons sapatinhos,
Os teus cobertos de flores,
Os meus cobertos de lama,
Lama e flores dos caminhos,
Encontraram-se juntinhos,
Pisando na mesma grama.
II
II
E bebo à noite de amores,
À noite, em que os meus sapatos
E os teus mignons sapatinhos,
Os teus cobertos de flores,
Os meus cobertos de lama,
Lama e flores dos caminhos,
Encontraram-se juntinhos
Debaixo da mesma cama...
...
...
Só pra não perder a mania de relembrar, que a flor da decadência,
és e sempre serás nossas mais nobres agonias
de que o coração pode até então reclamar.
Porque debaixo de toda loucura, há uma razão simples e justa...
...
Antropofagia
...Mulher! ao ver-te nua, as formas opulentas
Indecisas luzindo à noite, sobre o leito,
Como um bando voraz de lúbricas jumentas,
Instintos canibais refervem-me no peito.
Como a besta feroz a dilatar as ventas
Mede por dar-lhe o bote ajeito,
Do meu fúlgido olhar às chispas odientas
Envolvo-te, e, convulso, ao seio meu t'estreito:
E ao longo de teu corpo elástico, onduloso,
Corpo de cascavel, elétrico, escamoso,
Em toda essa extensão pululam meus desejos,
– Os átomos sutis, – os vermes sensuais,
Cevando a seu talante as fomes bestiais
Nessas carnes febris, – esplêndidos sobejos!
...Mulher! ao ver-te nua, as formas opulentas
Indecisas luzindo à noite, sobre o leito,
Como um bando voraz de lúbricas jumentas,
Instintos canibais refervem-me no peito.
Como a besta feroz a dilatar as ventas
Mede por dar-lhe o bote ajeito,
Do meu fúlgido olhar às chispas odientas
Envolvo-te, e, convulso, ao seio meu t'estreito:
E ao longo de teu corpo elástico, onduloso,
Corpo de cascavel, elétrico, escamoso,
Em toda essa extensão pululam meus desejos,
– Os átomos sutis, – os vermes sensuais,
Cevando a seu talante as fomes bestiais
Nessas carnes febris, – esplêndidos sobejos!
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